quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Filme "Nosso Lar" bate marca de um milhão de espectadores

08/09/2010 - 17h32

LAURA MATTOS
DE SÃO PAULO

O filme espírita "Nosso Lar" bateu ontem, com apenas cinco dias de exibição, a marca de um milhão de espectadores. É um feito inédito no cinema brasileiro desde a retomada, como ficou conhecido o período depois de 1993, quando houve uma recuperação da produção cinematográfica no país.

Folha faz sessão gratuita e debate com diretor de "Nosso Lar"
Filmes espíritas lideram recorde de bilheteria no Brasil
Baseado em Chico Xavier, filme espírita é aposta de bilheteria
Clique para ver horários e cinemas que exibem o filme
Cheio de clichês, "Nosso Lar" é pobre e sem graça; ouça crítica

"Chico Xavier", que também retrata o espiritismo e é o recordista de bilheteria do cinema nacional neste ano, chegou ao mesmo resultado em uma semana.

A informação foi obtida pela Folha com a produção do longa-metragem e será divulgada oficialmente até o final do dia pela distribuidora Fox.

"Nosso Lar", do jovem diretor Wagner de Assis, é inspirado em obra homônima de Chico Xavier e narra a vida após a morte. Sua produção, de R$ 20 milhões, é considerada a mais cara do país.


Divulgação
Cena do filme "Nosso Lar"
Cena do filme espírita "Nosso Lar", que bateu a marca de um milhão de espectadores

domingo, 1 de agosto de 2010

IESP
Informativo Mensal da Doutrina Espírita
Ano VIII - Agosto de 2010
São Paulo - SP - Brasil
Baixe o jornal em PDF aqui
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Editorial

Não é com tristeza que vemos este editorial espremido por falta de espaço, embora nosso informativo tenha saltado para 8 páginas... Na verdade, o ocorrido neste quadro se deve especialmente a dois motivos: 1) as fontes gráficas estão maiores que na última edição, assim a leitura se tornou mais confortável. 2) Há mais matérias.

Assim, é por bons motivos que nos faremos breves desta vez. Como novidade, temos dois contos (um mediúnico) e um artigo do articulista espírita Jorge
Hessen (matéria da internet)
Desejamos boa leitura e bons frutos, delas! Jesus nos abençôe! IESP


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Se O Espiritismo Deve Se Aproximar Do Povo, Por Que Os Livros Espíritas São Tão Caros?

Por Jorge Hessen

Os livros espíritas podem ser escritos de algumas maneiras: psicografados (quando são ditados pelos espíritos através de médiuns), intuídos (quando o autor se vale da intuição), fruto de pesquisa (quando o autor recorre às fontes e tece seus comentários), etc... Cada tipo de livro e autor buscam abordar o Espiritismo por certos aspectos, seja filosófico, moral (religioso) ou científico, a fim de que todos os campos da literatura sejam preenchidos e estudados à luz da Doutrina Espirita. As Obras da Cofificação (Pentateuco kardeciano) nos explicam e auxiliam a vivenciar o Espiritismo Cristão e norteiam nossos caminhos como seguidores do Cristo.

A apropriação do conhecimento doutrinário deve ser obtida obrigatoriamente através dos livros publicados por Allan Kardec e das obras literárias complementares que estão disponíveis em diversos títulos que permitem ao leitor avançar no conhecimento da Terceira Revelação. São livros para estudos, dos mais simples aos mais avançados, e livros para reflexão, que nos fazem repensar nosso modo de viver e a forma de construirmos uma vida mais equilibrada.

Os romances já consagrados (sérios), são muito populares entre os leitores, e narram a vivência do Espiritismo no dia-a-dia, não só em histórias e crônicas contadas por espíritos que as vivenciaram, mas também com histórias desenvolvidas por autores sob boas inspirações. Nos livros romanceados, existem aqueles que trazem temas destinados aos jovens e abordam assuntos específicos dos conflitos da adolescência, para que os mesmos se interessem pela literatura espírita. Há os livros infantis, escritos sempre de maneira simples e divertida, contendo ilustrações atrativas, com histórias de fácil compreensão e assimilação que propõem introduzir a criança ao Espiritismo cristão.

Em verdade, a literatura espírita é riquíssima e bastante ampla. Através dela podemos encontrar as respostas a todos nossos questionamentos pessoais, além de perceber que o mundo espiritual está muito mais presente em nosso cotidiano do que imaginamos. Por tudo isso, vale aqui algumas considerações , a propósito de como o livro espírita tem chegado ao leitor e este ao livro.

O que e como fazer a respeito da comercialização dos princípios espíritas através dos livros, sem contradizer com o compromisso doutrinário que deve favorecer o diálogo com o povo, especialmente os menos favorecidos materialmente?

Não vão nossas palavras destinadas àqueles que revertem os lucros do livro espírita em prol das comprovadas obras assistenciais (creches, asilos, hospitais etc...), mas para editoras que industrializam livros espíritas a preços escorchantes, excluindo os espíritas menos aquinhoados do nosso País.

Não cremos que o materialismo esteja sendo cada dia mais desmoralizado, como sói acreditar alguns “espíritas” (ora! a ganância ao lucro é atitude materialista indiscutivelmente). A rigor, os livros espíritas, que poderiam ajudar a população a se espiritualizar, estão cada vez mais inacessíveis e estão tornando-se artigo de luxo. Não estamos exagerando , não!!Existem publicações de livros confeccionados ricamente com capas duras e douradas, desenhadas, charmosas , que custam “o olho da cara”! (como dizia minha avó paterna). Obviamente, essas relíquias são destinados aos endinheirados. Mas, e os livros – digamos - mais populares? Até mesmo esses têm preços bastante impopulares.

O Brasil está entre os sete países com maior desigualdade social do Planeta. Na “Pátria do Evangelho” há uma multidão de brasileiros sedenta de conhecimento espírita começando a se interessar pelos livros. Parte desse contingente é assalariada, trabalhadora honesta que pega no batente de sol a sol, e mal consegue recursos financeiros para transporte, aluguel, água , luz, remédios e até para comer a fim de sobreviver com dignidade. Será que nossos confrades menos favorecidos materialmente permanecerão no Espiritismo quando se sentirem aviltados nos seus bolsos em face da exploração comercial do livro?

Há pessoas que se deixam enganar com muita facilidade e acabam acreditando que “tudo tem que ser bem caro” e defendem essa idéia porque os conceitos espíritas têm muita qualidade. (pasmem!) Essa é uma opinião e como toda opinião pode ser respeitada! Porém não necessariamente aceita, por ser uma troça para confrades que sobrevivem de salários.

Sabe-se que Chico Xavier, ao doar suas produções psicográficas, durante a sua missão do livro , o fez pensando nos trabalhos em prol dos carentes e não para manter grupos de elite fechados em seus insofreáveis pendores de exploração comercial das coisas divinas. O médium mineiro , logo quando começou a psicografar e ao saber e ver seus livros sendo vendidos , exclamou: - Que ótimo! Mas, eu ainda acho que devíamos é pagar as pessoas para lerem os livros que psicografo. Não creio que o Chico tenha se exagerado, nessa espontânea manifestação, até porque, ciente do valor do conteúdo dos livros e como instrumento dos espíritos que publicou, ele quis mostrar que não psicografava para ganhar dinheiro e sim pelo bem que os livros fariam às pessoas de TODAS AS CLASSES SOCIAIS.

Creio que o livro espírita , se não pode ser gratuito(em face do custo de produção) pelo menos que seja baratinho) isso é uma estratégia verdadeiramente cristã, principalmente em época de Internet que tem democratizado o acesso aos livros por qualquer pessoa, graças a Deus!.

Jorge Hessen é jornalista e orador espírita, e colaborou com este texto para o IESP http://jorgehessen.net

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Um Conto Espírita

Texto Mediúnico

Era sexta-feira ao entardecer e o menino já observava sua mãe se preparar para a difícil jornada que, como de hábito, fariam.
A casa simples, de taipa. Localizada naquele sertão bruto de Dois Córregos, à beira de um morro, equilibrava-se na pequena planície de onde já se arribançava um declive. Eram dois quartos e a grande cozinha, casa à maneira da época; naquela hora o fogão de lenha já resfolegava, aquecendo a todos que ali iam chegando de suas tarefas. Eram onze irmãos.
Luiz, um dos mais novos, em nada se sentia confortável, pressentindo o que estava por vir... Aquelas idas às reuniões lhe davam calafrios só de pensar! Como seria daquela vez? Aconteceria algo que lhe daria muito medo? As dúvidas eram muitas, mas pouco adiantavam nesta hora; sem palavras, a mãe o requisitava: pegava o lampião, o manto e o olhava diretamente. Franzino por conta da febre em que quase desencarnou, era obediência e ativo às requisições da mãe; não havia questionamento possível. Saíram
Era noite escura de inverno. Aos poucos, a luz da casa ia se minguando dos olhares roubados para trás e em pouco tempo estavam ambos sob as copas das grandes árvores, rumo àquelas paragens distantes. A trilha era pequena e o lampião fazia uma grande bolha na mata; Dona Ilda, à frente, ia iluminando o caminha esguio, e atrás Luiz grudado ao vestido da mãe, sentindo o peso, frio e lúgubre, da escuridão a bater em suas costas. Aqui ou ali um som chamava a atenção; era a vida da floresta a resvalar em uma folha, um galho, dando pitada tensa à caminhada noturna.

Após o que pareceu uma hora e pouco de caminhada, a trilha começa a ficar mais larga e plana. Aos poucos as árvores vão se distanciando uma das outras e sinais de vila começam a brindar os caminhantes cansados, aliviando Luiz. O Lampião já combina sua luz com outra de alguma fonte à frente; uma porteira está aberta, um cão magro e escuro se aproxima preguiçosamente, assinalando definitivamente a chegada ao destino. Num repente, dão de frente para uma pequenina vila. Uma mulher é ajudada a descer um outro acesso pelo barranco ali perto: também chegavam para o mesmo fim. Estavam finalmente no pequeno centro Espírita do senhor José Ramalho; era agosto de 1929.
Todos vão chegando e adentrando o recinto. O pequeno barracão era a sala única onde se desenvolviam os trabalhos. Sua estrutura era comum às construções de fazenda: quatro grossos mourões faziam os cantos e sustentavam o teto de ripas e telhas artesanais. Paredes de barro, brancas com rodapés de azuis claros e disformes; o chão era de tijolos batidos. Uma janela lateral aberta dava para um escuro longínquo, e Luiz preferia não olhar para lá. Ficava ao lado a mãe, sentado num dos compridos bancos de madeira. Havia crianças, mas prevaleciam as mulheres adultas, alguns homens com o chapéu por sobre os joelhos; um idoso à porta impacientemente se esforçava para ver por entre as árvores se alguém mais vinha lá por baixo.
São oito e meia, e a pesada porta faz seu rangido singular, empurrada pelo mesmo idoso da entrada. Para uma mesa central se dirigem algumas pessoas, que tomam seus lugares. Começarão os trabalhos.
Luiz está apavorado, pois da última feita viu um homem dizer que via um espírito. Aquilo era simplesmente pavoroso! Então, haveria espíritos ali, e também nos outros lugares? Estava aflito, e começa a rezar em silêncio, pedindo a Deus que o protegesse dos espíritos.

Senhor Ramalho é o último a sentar-se à mesa. Homem forte, alto, com sorriso discreto, é o único a passar algum sossego a Luiz. De fato, Ramalho reflete sua serenidade em seu jeito de andar, olhar, falar. Lacônico às vezes, quando necessário o senhor de cinqüenta e cinco anos sempre está disposto a ouvir cada um que chega àquela reunião, como um irmão distante. Dedicado aos estudos dos livros da Codificação Espírita, trouxe àquelas bandas a novidade das reuniões espíritas, praticadas por sua família em Araraquara. Simpático à doutrinação, é ele que dirigiria os trabalhos dos médiuns.
Todos ficam em silêncio. As lamparinas dos cantos são apagadas uma a uma por alguém e em breve fica aceso apenas um lampião suspenso acima da mesa central. A ansiedade aumenta e aqueles segundos parecem horas a Luiz. Logo, Ramalho começa a orar:
- Que Deus nos abençoe e ilumine neste momento sagrado. Pedimos à virgem que interceda para que os bons espíritos possam vigiar e aquiecer a nossos intentos cristãos materializados nesta singela reunião que aqui desenvolvemos. Sabemos de nossa imperfeição, enquanto homens e médiuns, mas damos neste momento o que temos de melhor em nossos corações para que Jesus possam completar este banquete que está por iniciar...
Luiz está inquieto, mas as referências a Jesus e Nossa Senhora caem como um manto de calmaria em seu coração. Apesar da insegurança, apega-se àquelas palavras santas e espera os próximos passos da reunião. O senhor continua a falar:

- Vamos ler um trecho do evangelho...
Após a leitura de edificante passagem sobre a vida após a morte e seus meandros para os homens de bem e aos maus homens, o amoroso dirigente comenta o trecho tendo por destino as explanações evangélicas do Espiritismo cristão. O ambiente transpira a Luiz uma harmonia e um calor peculiar. Apesar da escuridão, pode-se observar muitos dos assistentes orando com as frontes baixas. Uma criança dá um início de choro, mas logo se detém voluntariamente rendida ao sono.
Ramalho então acena para os trabalhos propriamente mediúnicos. Levanta-se rapidamente para arrastar a cadeira mais para perto da grande mesa e coloca-se em prece, cobrindo a cabeça curvada com suas grandes mãos. O silêncio agora é absoluto, e só resta a todos aguardarem as manifestações por virem. E então o dirigente, após esfregar uma das mãos à testa, profere:
- Irmão Clarisse, há um amigo triste aí a seu lado querendo falar, deixe-o falar através de ti!.
Luiz ficou aterrado! Como poderia !? Ele não via nada ali e segundo o homem havia um espírito! Como poderia o Senhor saber sobre o espírito? Os questionamentos inevitáveis, enquanto o pensamento do caminho de retorno à casa começava a assombrá-lo... Andar por aquelas trilhas, abraçadas por árvores grandes e esquisitas. Certamente, os espíritos logo iriam ao encalço deles!
- Ai amigos! Nem sei o que dizer... – São as primeiras palavras da médium Clarisse, já envolvida pelo espírito comunicante. Dona Clarisse é uma senhora de voz doce e meiga, e mesmo dando palavras ao comunicante, enternece a todos com sua manifestação. Mãe ainda na adolescência, perdeu o filho de febre amarela. Filha de pais italianos e fervorosamente católicos, trabalhou arduamente no cultivo do café, juntamente com o marido Onório. Ambos, sem terem mais filhos, dedicaram-se a ajudar parentes e amigos próximos, distribuindo o pouco que juntaram nas décadas em assistência aos que a eles recorriam. Era em seu sítio que estava instalada aquela sala que servia para as reuniões do centro espírita. Aos sessenta e três anos, dedicava-se com afinco às obrigações do grupo, dando-se a conservação do salão e à tarefa mediúnica com Jesus.
- Pode falar-nos, amigo. Aqui estamos para, com amor, te ouvir! – Diz Ramalho, com voz calma e terna.
- Ah! São tantas as dores que tenho passado... As palavras seriam insuficientes! Venho até aqui porque em lugar algum encontrei quem me acudisse! Desde que tudo mudou, estou muito triste, pois não conseguia mais ser ouvido por minha família, falava mas não me ouviam... Aí vieram alguns homens estranhos e me disseram que eu havia morrido! Oh! Como posso ter morrido, se estou vivo!

Continua na próxima edição!!!


Baseado em história real.
Ditado por Espíritos da Colônia
Psicografia de Rogério Silva Temporini acompanhe:

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O CULTO ECUMÊNICO.
Por Dárcio Cintra.

Um determinado palestrante, em um encontro ecumênico cristão, após dirigir-se à assistência com uma saudação cordial, fez, de supetão, a seguinte pergunta:
- Na opinião de vocês, qual seria a Bíblia mais correta?
Um silêncio razoavelmente longo estabeleceu-se por um tempo que pareceu infinito, enquanto o público procurava decifrar a indagação, feita de chofre pelo homem alto, de cabelos longos amarrados detrás da cabeça.
“Como, assim, qual Bíblia é a mais correta”, foi o pensamento que percolou nas mentes dos ouvintes, naqueles segundos que pareceram uma eternidade. O silêncio reinou, até que alguém, em tom estridente, respondeu:
- A tua pergunta não procede, pois existe apenas e tão somente uma única bíblia, a Bíblia Sagrada, que os cristãos seguem, na qual está escrita a palavra de Deus, única e verdadeira.
- Será? - foi a nova pergunta do expositor. Antes que alguém replicasse, ele prosseguiu:
- Esta é uma crença - a de que a Bíblia que todos lêem é igual – que precisa ser revista. Para respondermos plenamente a esta questão, precisamos, primeiramente, conhecer e estudar a origem da Bíblia. Não é uma tarefa fácil, afinal, não é um entendimento que se conseguirá vislumbrar num estalar de dedos, pois, da origem, até os dias atuais, são decorridos milênios. Uma visão panorâmica, no entanto, poderá nos dar idéia não só desta dificuldade, como também poderá nos ajudar a responder à pergunta: “a Bíblia que cada um de nós possui, é a mesma?”. ...
... Nos Evangelhos, nós vemos Jesus referir-se às Escrituras por 10 vezes: 4 vezes em Mateus, 2 vezes em Marcos, 3 em Lucas e 1 em João. Nos reportando a Lucas, capítulo 24, versículo 44, vemos Jesus dizer o seguinte: “São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Que Escrituras são essas, às quais Jesus se refere?
Serão aquelas que nós conhecemos por Antigo Testamento, pois que o Novo Testamento ainda não existia naquela época? Começando por aí, as Escrituras de Jesus já não são exatamente o Antigo Testamento que nós hoje adotamos, isto porque as Escrituras, ou o Tanach, em hebraico, são compostas de 24 livros, sendo que o Antigo Testamento das Bíblias católicas possui 46 livros e, na Bíblia dos protestantes, 39. Como, então, afirmar que todas as Bíblias são iguais, se o que denominamos de Antigo Testamento possuía, na origem, 24 livros, sendo que hoje há bíblias com 39 livros, outras, com 46?
A platéia arregalou os olhos. Ele prosseguiu, com leve sorriso nos lábios:
- Os estudiosos aqui presentes sabem bem que as Escrituras mencionadas por Jesus, isto é, a Bíblia Hebraica, possui apenas 24 livros. Por que, então, a Bíblia protestante possui 39 livros e a Bíblia católica 46?
Portanto, só de analisar o número de livros considerados divinamente inspirados, já percebemos que a Bíblia que eu possuo pode não ser a mesma que você possui. E nisto apontou para um senhor de cabelos grisalhos, sentado à primeira fila, que ouvia atentamente, em cujo semblante estampou-se um ar de timidez. O orador tomou de um papel sobre a mesa, colocou seus óculos e prosseguiu:
- No caso das traduções, considerando-se a língua portuguesa, são várias as Bíblias existentes, como, por exemplo, a Bíblia Sagrada, tradução de João Ferreira de Almeida, adotada por evangélicos; a Bíblia de estudo Pentecostal, da Assembléia de Deus; a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, dos Testemunhas de Jeová; ainda, a Bíblia de Jerusalém, que dizem ser a melhor tradução disponível; a Bíblia Tradução Ecumênica; a Bíblia na Linguagem de Hoje; a Bíblia Sagrada, da editora Ave Maria; a Bíblia Sagrada, da editora Vozes; a Bíblia Viva, da editora Mundo Cristão; a Bíblia Mensagem de Deus, edições Loyola, etc., cada uma dizendo possuir a mais fidedigna tradução, a de J. F. de Almeida chegando a afirmar “de acordo com os melhores textos em hebraico e grego”. Ora, se há textos que são melhores que outros, pergunto-me: “em quais textos a minha Bíblia terá sido baseada? Nos piores ou nos melhores”. ...
... Alguém poderá dizer que várias são as editoras, portanto, natural existirem várias Bíblias de editoras diferentes, porém, as diferenças para um mesmo texto traduzido, por vezes chegam a ser gritantes. Não precisamos, portanto, ir muito longe nesta análise para verificarmos que a Bíblia que eu leio é com certeza diferente daquela que vocês lêem, caso o tradutor não seja o mesmo. Parafraseando Jerônimo, o célebre tradutor da Bíblia grega para o latim, que dizia “a verdade não pode existir em coisas que divergem”, nós perguntamos, por nossa vez, “qual Bíblia, então, estará com a verdade?”.
Houve um burburinho, que o palestrante deixou acontecer, sem interromper, tempo necessário para reflexões. Contudo, tendo um padre pedido silêncio, o orador continuou:
- Não entrarei agora no mérito do porquê da diferença no número de livros do Velho Testamento. Nem elencarei os problemas com o Novo Testamento, que são mais complicados ainda; também, não entrarei no mérito dos evangelhos apócrifos. Evidentemente que há explicações históricas, jogo de interesses religiosos, inserções e exclusões as mais diversas, erros de copistas amadores ou de profissionais mal intencionados, traduções mal feitas, com má fé ou não. A questão principal que persiste é: “se a Bíblia é a palavra de Deus, então ela deveria ser igual para todos. Ora, se não é, então, qual delas estará com a verdade? Quem, dos representantes de cada religião aqui presentes, poderá afirmar, a minha, com certeza, é mais verdadeira?”. Cada um, obviamente, defenderá que é a sua, assim como os muçulmanos defenderão que não é nenhuma delas, mas sim o Alcorão; ou os hindús dirão que todos estão enganados, pois é evidente que a verdade está no Livro Sagrado dos Vedas. Já os espíritas dirão estar no Livro dos Espíritos ou no Evangelho Segundo o Espiritismo. ...

... Por falar nisso, para este encontro não foram convidados nossos irmãos espíritas, que, queiram ou não, são também cristãos, muito embora muitos dos senhores não concordarão com esta afirmação, afinal, até entre os próprios espíritas há divergências sobre este assunto. No meu entendimento, porém, são cristãos, porque adotam como norma de conduta a moral do Cristo. Mas, não toco no assunto para tentarmos chegar a um acordo sobre isto, pois que este não é o objetivo deste culto ecumênico. Falo, para exemplificar o problema das traduções.
O burbuinho desta vez foi mais intenso. O cenho do padre fechou-se, numa expressão de desaprovação, não fazendo ele, desta vez, questão de pedir silêncio.
- Por gentileza, por favor... Silêncio, por favor, para que eu possa concluir meu raciocínio... Há uma passagem, em Deuteronômio 18, 9 a 11, que é utilizada para dizer que a Bíblia condena o Espiritismo. Segundo o professor Severino Celestino da Silva, emérito professor paraibano, profundo estudioso da Bíblia e da língua hebraica, a correta tradução, a partir da Bíblia Hebraica, para Deuteronômio 18, 9 a 11, é a seguinte: “Quando entrares na terra que Iahvéh, teu Deus, te dá, não aprendas a fazer, as abominações daquelas nações. Não se achará em ti (...), nem adivinhador, nem feiticeiros, nem agoureiro, nem cartomante, nem bruxo, nem mago e semelhante, nem quem consulte o necromante e o adivinho, nem quem exija a presença dos mortos”...
... Agora, vejamos o que diz a Bíblia de João Ferreira de Almeida: “(...) nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem quem consulte espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos”. Observem que nesta tradução, embora muito parecida com a correta, surge aí uma diferença importante. Enquanto a primeira diz “nem quem consulte o necromante”, a segunda já diz “nem quem consulte espírito adivinhador”. Segundo o professor, não há a palavra “espírito” no texto original em hebraico. Com que intenção ou interpretação, então, houve a substituição das palavras originais? ...
... A Bíblia de Jerusalém já traz outra versão, embora também parecida com a original: “(...) nem que faça presságios, oráculo, adivinhação ou magia, ou que pratique encantamentos, que interrogue espíritos ou adivinhos, ou ainda que invoque os mortos”. Parecida, mas com uma mudança não menos suspeita. Por que “interrogue espíritos” em vez de “consulte o necromante”? ...
... Todavia, a Bíblia do Centro Bíblico Católico Editora Ave Maria vai fundo nesta mudança, com uma intenção não menos evidente. Vejamos qual a tradução para este mesmo trecho: “(...) nem que se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou a evocação dos mortos”. Pergunto-me, onde foi que os tradutores desta Bíblia encontraram as palavras “astrologia” e “espiritismo” neste texto, se no original em hebraico, ou mesmo em grego, elas lá não existem? Se, aliás, na época em que foi escrito o Tanach, as palavras “espiritismo” e “astrologia” sequer existiam? Qual o interesse escuso por trás desta tradução?
O alarido intensificou-se. O padre, desta vez apoiado por um pastor, quase retirou o orador do púlpito. Este, no entanto, já quase gritando, para fazer-se ouvir, impondo-se, assim, finalizou:
- A Tradução do Mundo Novo, no entanto, ganhou no quesito deturpação. Ela diz: “(...) alguém que empregue adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios, ou um feiticeiro, ou alguém que prenda outros com encantamentos, ou alguém que vá consultar um médium Espírita, ou um prognosticador profissional de eventos, ou alguém que consulte os mortos”. Jesus amado, segundo esta Bíblia, até médiuns espíritas já havia no tempo de Moisés, sendo que as palavras “médium” e “espírita” foram criadas há apenas 150 anos e a Torá, onde está Deuteronômio, foi escrita há mais de 6 milênios. Parece-me evidente a má fé de quem traduziu este trecho, tentando denegrir o Espiritismo. E se, porventura, a tua Bíblia for uma destas, que pessoas mal intencionadas traduziram e lhe passaram como sendo a verdade? Que outras deturpações poderão haver, além destas? Como confiar nestas Bíblias, discrepantes entre si?

Voaram em sua direção várias Bíblias, de várias traduções, uma quase acertando-lhe a cabeça - a de Jerusalém, em formato de bolso, portanto, bem compacta e gorda, que poderia muito bem ter lhe causado um traumatismo craniano. Bateu rapidamente em retirada, antes que fosse linchado, ao som de vários impropérios:
- Espírita! Representante do demônio!
- Mentiroso! Espírita enrustido!
- Vade retro, Satanás.
- Maldito! Fora daqui!
E o encontro ecumênico descambou para uma verdadeira reunião de insultos, os evangélicos criticando as imagens dos Santos católicos, os católicos vilipendiando os evangélicos por menosprezarem a Virgem Santíssima, os testemunhas de Jeová dizendo que só eles herdariam o Reino, enfim, uma verdadeira baixaria, onde o Evangelho foi posto de lado. A verdade, pensou aquele palestrante, enquanto corria (e nem espírita ele era), é que “todo encontro ecumênico moderno reveste-se de grande falsidade, de verdadeira hipocrisia; de imposição da opinião dos mais fortes; da constatação de que ninguém, no fundo, está suficientemente evangelizado para ouvir, respeitar e levar em conta pensamentos divergentes dos seus. Sob a desculpa da união, do discurso ameno, que não expõe as diferenças, ocultam os verdadeiros sentimentos, agredindo-se mutuamente pelas costas, enquanto, pela frente, abraços e apertos de mão esfuziantes. Novos fariseus, sepulcros caiados por fora e podres por dentro. Entre palavras unânimes, fácil é amar o próximo; difícil é fazê-lo na diversidade de idéias. Que o diga Jesus de Nazaré”.

Dárcio Cintra é Engenheiro Hidráulico,
dirije a Fraternidade Espírita Sylvia Brown, em Piracema, MG,
e é colunista do IESP
darcio.cintra@uol.com.br

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O Poder da Fé
Por Luiz Ceglys

Um fato extremamente comum no meio cristão, e até entre nós espíritas é o julgamento que fazemos sobre acontecimentos que ocorrem em nosso meio, quando, de imediato, tecemos comentários moralizadores: “É falta de evangelho no coração!”; “falam do evangelho, mas fazem exatamente o contrário!”; “sem evangelho não teremos solução!”; “chegaram em má situação na vida espiritual porque não vivenciaram o evangelho!”; “a ausência de evangelho sentido, levou aquele grupo à derrota!”.
Não podemos negar a veracidade de muitas dessas afirmações, contudo será que nós em tais situações agiríamos de forma mais correta? Será que nós vivenciamos o evangelho em sua plenitude? Certamente, não! E por qual motivo ainda não conseguimos vivenciá-lo em sua plenitude? Hã! “porquê é muito difícil praticar os ensinamentos do Mestre! A gente sempre acaba escorregando!
E por que, embora achando a Boa Nova uma maravilha, ainda não conseguimos colocar seus ensinamentos em prática no dia a dia?
Simplesmente porque a natureza não dá saltos! Estamos, ainda, na infância espiritual. Erramos não porque nossa índole é má, mas porque ainda não assimilamos toda a lei natural, embora ela esteja gravada em nossa consciência desde nossa criação, mas ainda carente de ser desenvolvida em nossos corações de forma que possa integrar nosso instinto moral, como denominou Kardec na Revista Espírita.
Façamos uma viagem no tempo, e encontraremos Jesus no Monte Tabor, acompanhado dos Espíritos de Elias, o profeta das venerandas tradições, e Moisés, o legislador do povo hebreu, que se apresentavam com seus corpos espirituais, rompendo, assim, a sombra que pairava sobre a imortalidade do Espírito e a possibilidade de suas comunicações com os homens. Moises, apresentando-se, para liberar a comunicação com os “mortos”, proibida por ele, no passado em função dos abusos que se cometiam, e Elias, para a confirmação de que Jesus era o Messias por ele anunciado.
Descendo o Mestre à planície onde as criaturas o aguardavam, um pai aflito pediu-Lhe socorro para que curasse o filho vítima de uma força desconhecida que o atirava de um lado a outro, ameaçando-lhe a existência, minando-lhe as energias, sem possibilidade de libertação. “Os apóstolos não conseguiram curá-lo, afirmou o homem.”
Conhecendo o insondável do ser humano, como afirma Joana de Angelis, Jesus, percebendo-lhe o passado de delinqüência, vinculado ao odiento perseguidor, libertara-o, utilizando-se para isso de sua força moral, sendo que esse contato fez que se restabelecesse o discernimento, e o arrependimento se fez presente, naquele infeliz Espírito vingativo que dali partiu para cuidar da própria sombra.
Em particular, perguntaram-lhe os apóstolos: “Porque, Mestre, não pudemos libertá-lo?” “Por causa da vossa pouca fé, disse-lhes o Jesus, pois se tivessem a fé, do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a este monte: passa daqui para acolá, e ele haveria de passar, e nada vos seria impossível.” (Mateus, XVII: 14-19)
Naquele tempo, a condição dos Espíritos, aqui encarnados, não era muito diferente das nossas nos tempos hodiernos, embora os apóstolos eram, ainda, menos evoluídos que nós, apesar da convivência com o Mestre, e como tal, não conheciam, não sabiam e não haviam aprendido os ensinos do Mestre em sua plenitude, o que lhes impediam de terem êxito naquela tarefa. Faltou-lhes o conhecimento.
Sabemos que a remoção da montanha é uma forma alegórica utilizada por Jesus, fato comum em seus ensinamentos, e que com isso, não quis afirmar que conseguiríamos remover montes de terras de nossos caminhos, mas sim, que com uma minúscula dose de Fé seremos capazes de vencer as dificuldades, comuns a todos nós em nossa caminhada rumo a angelitude.
Ora, isso para nós espíritas, não se constitui em nenhuma novidade; já sabemos disso há muito. Mas, então, porque não conseguimos ter a Fé que gostaríamos de ter? Porque ainda vacilamos nos momentos difíceis?
Simplesmente porque, como já dissemos no início deste artigo, a natureza não dá saltos. Se ainda somos crianças espirituais, estamos aprendendo, e, embora já tendo assimilado esse ensinamento, daí a colocá-lo em prática é um longo caminho que teremos que percorrer e com muita determinação. A Fé, que segundo Joana de Angelis, é “força que se irradia como energia operante, e, por isso, consegue remover as montanhas das dificuldades, aplainar as arestas dos conflitos e minar as resistências que se opõem à marcha do progresso”, não se compra nos supermercados, nas farmácias ou em revistarias. A Fé é uma conquista individual de cada um de nós em nossas lutas diárias. Para conquistá-la é mister, acima de tudo, boa vontade para estudarmos o evangelho de Jesus, buscando entendê-lo em sua essência mais profunda, de forma que permitamos sermos conduzidos à prática da caridade impulsionados pelo amor ao próximo como a nós mesmos, cujo trabalho deve ser desenvolvido e cultivado ao longo do tempo, sem neuroses, sem traumas, mas, como dissemos, com muita determinação.
Mas, então poderemos perguntar: Somente a Fé nos basta? Basta-nos clamar Senhor! Senhor!? Isso nos facultará a entrada nos mundos superiores?
Não, não basta! Tiago já nos deixou claro (Tiago, 2, 14): “se alguém disser que tem fé mas não tem obras, que lhe aproveitará isso? Acaso a fé pode salvá-lo?...se não tiver obras, está completamente morta.”
Tito, por sua vez (Tito, 3:14-26) afirmou: “Meus irmãos, qual é o proveito se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé, salvá-lo? (...) Assim também a fé; se não tiver obras, por sí só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me tua fé sem obras, e eu, com as obras, mostrarei a minha fé.”
Assim, urge buscarmos a conquista da fé, mas sem neuroses, sem fugas pela angústia causada pelas quedas. Não há quem consiga atingir essa conquista sem vacilos. O importante é que não nos entreguemos, não queiramos desistir, não queiramos ser aquilo que ainda não somos. A natureza não dá saltos, tudo se encaminha de forma lenta e gradual na natureza; busquemos conquistar aquilo que somos capazes nesta existência, com determinação, sem esmorecer. Só assim conseguiremos cultivar a fé, que nos conduzirá a realizações das obras, ou seja: a prática da caridade, pura, sem esperarmos nada em troca, para que nossa fé não seja morta, pois se assim for, poderá ela enfrentar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade.
Com isso, poderemos ter a certeza de que nossa fé será poderosa, inabalável, porque acreditamos, não por acreditar, mas sim porque conhecemos os mecanismos da Lei divina, e sabemos que somente seremos caridosos, suportados pela fé inabalável, pela fé que conhece, atendendo dessa forma ao ensinamento de Jesus: “buscai a verdade e a verdade vos libertará.”
Com isso poderemos transportar montanhas; as montanhas de dificuldades que nos impossibilitam de alçar um vôo maior rumo à evolução, pois conscientes de nossas limitações que nos impedem de uma caminhada mais rápida, aprenderemos sempre com elas e teremos a condição de reunir a força necessária para superar a cada uma delas, certos de que a perda de uma batalha não significa a perda da guerra. Levantaremos após cada queda, e, com Deus, seguiremos a caminho da luz, pois confiamos em sua justiça, bondade e misericórdia.
Confiantes que a falta de fé, que por vezes dormita, faz parte da nossa caminhada, assim como a falta de conhecimento faz parte da vida infantil de nossas crianças, mas que na vida adulta, certamente, estará presente.

Luiz Carlos Ceglys
É Contador, expositor Espírita e Colunista do IESP -
luiz.ceglys@gmail.com
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EXPEDIENTE

DIREÇÃO: Rogério Silva Temporini - COLUNISTAS: Luiz Ceglys, Roberto Arantes, Dárcio Cintra, Rogério Silva, Airam Leme - Edição On-line e Impressa Gratuitas - Primeira Edição Janeiro de 2002 - Produzido por NÚCLEO DE DIFUSÂO ESPÍRITA JESUS DA GALILÉIA - Acessar: ndejesusdagalileia.blogspot.com Email: ndejesusdagalileia@gmail.com
Todos os textos e matérias expressam o pensamento individual de cada colaborador, não representando
necessariamente o pensamento geral do IESP, tampouco consenso geral dentro de Movimento e Sociedades Espíritas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Divaldo Franco - 06 de agosto - Carapicuíba - SP

Divaldo Franco

Médium e Orador Espírita

em Carapicuíba - SP

06 de agosto de 2010

sexta-feira

19h00 - Sessão de Autógrafos

20h00 - Conferência

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Demais atrações a partir das 18h00

Apresentação e exibição do trailer do filme “Nosso Lar”, com a participação do diretor do filme

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Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus 83 anos, 63 foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de sua Salvador. Nasceu em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, e desde a infância se comunica com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.

É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo

Novo Local da Conferência:

EXPO-OESTE DE CARAPICUIBA

AV. DR. EDUARDO CUNHA DE ABREU, 345

CENTRO

CARAPICIUBA - SP

* Praça de Alimentação no local

* Estacionamento com Seguro para mais de 500 veículos

* Ao lado do Hipermercado Extra

* A 05 minutos da estação Carapicuiba da CPTM

******************

Saiba mais sobre DIVLADO FRANCO clicando aqui.

Conheça a MANSÃO DO CAMINHO clicando aqui.

Acesse o CENTRO ESPÍRITA BEXERRA DE MENEZES clicando aqui.

******************

Mais Informações:

oficinadeluz@uniaoespirita.org.br

contato@uniaoespirita.org.br

www.uniaoespirita.org.br

(11) 9461-1692

******************

ORGANIZAÇÃO

Instituição Espírita Oficina de Luz

APOIO:

UniãoEspírita.org.br

Prefeitura de Carapicuiba

Grupo Espírita Seara de Kardec

Grupo Espírita Unificação Cristã

Centro Espírita Cristão

Centro Espírita Chico Xavier

Núcleo Espírita Obreiros da Vida Eterna

Núcleo espírita Amor e Luz

USE - Intermunicipal Carapicuiba

Confeesp 4 - Carapicuiba

IBGE 2010 - Espíritas ou Kardecistas?

ATENÇÃO
ESPÍRITAS OU KARDECISTAS?

Recebi interessante informação sobre o recenseamento do IBGE/2010:

Jorge Hessen

"Como já é de conhecimento de muitos, a partir do dia 2 de agosto o IBGE iniciará o CENSO 2010. Nesta atividade, todas as residências do território brasileiro serão visitadas por um agente do IBGE que aplicará um dos seguintes questionários:
Básico: Um questionário curto e rápido
Amostra: Um questionário bem maior, que durará em torno de 50 minutos sua aplicação.
Neste último constará uma pergunta, cuja resposta é de fundamental importância para nós Espíritas. A pergunta é: Qual a sua religião?
Claro, que muitos de nós responderemos: ESPIRITA.
Infelizmente, se respondermos assim, seremos cadastrados como SEM OPÇÃO RELIGIOSA.
É que para o IBGE, o termo ESPIRITISMO é considerado genérico, ou seja, pode se referir a toda religião, culto ou seita que envolva questões do campo da mediunidade. Nós sabemos que muitas pessoas adeptas da Umbanda, por exemplo, se consideram Espíritas umbandistas e o mesmo equivoco ocorre com outras denominações como espírita esotérico, espírita de mesa, etc. O fato é que ao invés de respondermos ESPÍRITAS, temos que responder KARDECISTAS, pois é esta a denominação dada pelo IBGE ao que para nós é simplesmente ESPÍRITA. O mesmo acontece com aqueles que responderem CATÓLICO ou EVANGÉLICO, os quais, para o IBGE, também são considerados termos genéricos e serão cadastrados como “Sem opção religiosa”.
Quem estuda a Doutrina Espírita reconhece o equívoco do IBGE, que na intenção de
diferenciar determinadas práticas e jeitos de pensar, adotou termos mais específicos, para eles, como kardecista.
CUIDADO: Ao responder o questionamento do recenseador não digam ESPÍRITA e esperem o recenseador perguntar mais detalhes, pois ele não perguntará. A pergunta é direta e a resposta deverá ser uma só.
O problema nisso tudo é que esta visão do IBGE ao cadastrar tais informações trás grandes possibilidades de obter dados que não condizem com a nossa realidade. Neste caso é importante que digamos que somos “kardecistas” , mas algo deve ser feito perante essa situação, alguma mobilização, não que os termos venham a ser corrigidos desde já, pois não há tempo para isso, mas para que daqui a 10 anos, nos próximos Censos o mesmo equívoco não continue..."

Sobre as palavras "Espírita ou Kardecista" escrevemos um artigo conforme consta no artigo abaixo:

ESPIRITISMO, ESSA PALAVRA ESTÁ DESGASTADA? QUE TAL "DOUTRINA DOS ESPÍRITOS" OU "KARDECISMO"?

O questionamento que intitula este texto foi enviado a mim por um leitor dos artigos relacionados no site http://jorgehessen.net. Em verdade, há muitos confrades que têm identificado o gravíssimo desgaste da palavra "espiritismo" e sugerem a sua modificação para "Doutrina dos Espíritos", ou "Doutrina Espírita", ou até mesmo "Kardecismo" (e seus derivados), que são termos que vêm sendo popularizados no Brasil devido, justamente, ao místico sincretismo religioso, que remete as pessoas a confundirem espiritismo com ocultismo, esoterismo, exoterismo, teosofia, orientalismo, umbandismo, xamanismo, exorcismo e outros similares, por isso é comum ouvirmos de alguns adeptos: "sou kardecista". (!?)..

terça-feira, 27 de julho de 2010

IESP
Informativo Mensal da Doutrina Espírita
Ano VIII - Julho de 2010
São Paulo - SP - Brasil

Baixe o jornal em PDF aqui

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EDITORIAL

Querido amigo leitor.

É com doce alegria que oferecemos mais este exemplar de nosso IESP. Marcados pelo desencarne do grande escritor José Saramago, envolvemo-nos a transcrever matéria sobre a visão de vida e de morte através dos olhos de Saramago em contraponto com a Doutrina Espírita.

Iniciamos nesta edição dois espaços. Um deles é a matéria “da Internet”; ali, colocaremos algum texto que for conveniente à edição e que necessariamente será retirado da internet, citando-se a fonte. Um outro espaço será reservado a “Errata”, que reunirá os erros ou pontos polêmicos de edições anteriores.

Por fim, temos uma bela matéria sobre educação infantil de nosso colunista Luiz Ceglys, sempre nos presenteando com suas reflexões na Doutrina Espírita.

Mais um mês, mais uma edição. Graças a Deus e aos amigos do plano maior, mais uma vitória, para colunistas e leitores comemorarem.

Muita Paz!
IESP


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Saramago: O Ateísmo e a Viagem do Espírito
Por Airam Leme

No último dia 18 de Junho tivemos o desencarne do maior romancista ainda vivo até então, o escritor português José Saramago. Retirou-se da matéria pesada em sua residência nas Ilhas Canárias aos 87 anos, rumo ao plano etéreo. No entanto, na visão de Saramago, ali mesmo deveria terminar sua jornada. Ateu ferrenho e dedicado, travou árdua batalha contra o espiritualismo, sobretudo com o catolicismo, e dispersou uma visão extremamente materialista em seus livros, bem como nas oportunidades em que foi interlocutado.

Na última entrevista a um jornal Brasileiro, declarou Saramago: “Tenho isso, enfim, bastante claro. Desapareceu a matéria e com ela desapareceu tudo aquilo que, durante um tempo e consensualmente, achamos que não é matéria --que chamamos de espírito, alma ou coisa que o valha.” ; Entrevista à Folha de S Paulo – 2005

Com o respeito que devemos ao livre arbítrio do credo, mesmo quando trata-se daquele que em nada se acredita, é saliente a mágoa de Saramago para com a religiosidade no conjunto de sua obra, o que por si só denotaria algum tipo de defesa que por vezes faz contra a idéia de Deus, como que a dizer a si mesmo o que parece dizer aos outros. No entanto, das palavras de Saramago o astuto leitor pode depreender germens de um conflito de idéias e predisposições. Da mesma entrevista:
“...Seria necessário uma demonstração racional sobre o que nos acontece. Não o que nos acontece na morte, o que nos acontece depois da morte.” Se Saramago estaria aberto, durante sua vida, a ter sua prova racional da existência da vida espiritual, neste quesito suas reivindicações só poderiam bater em uma porta, e explicamos o porquê.

Primeiramente, há um ponto importante sobre a demonstração racional do pós-morte: é o Espiritismo que açambarcou a razão científica para estabelecer uma doutrina. É a doutrina que por excelência reuniu seus pontos de apoio no entendimento racional da vida, material e espiritual. Kardec tomou o cuidado de emergir as idéias espíritas dos mares das crenças dogmáticas ao reunir elementos que a sustentavam com explicações racionais e provas irrefutáveis; assim, garantiu sua marcha grandiosa até nossos dias.

Apesar de durante os tempos de Allan Kardec o Espiritismo não ter a simpatia das academias (hoje, há centros de estudos espíritas em universidades, como na UNICAMP, no Brasil – Há a AME, Associação Médico Espírita do Brasil, etc), mesmo assim muitos cientistas contemporâneos de Kardec se afeiçoaram das idéias espíritas e transportaram médiuns para laboratórios, onde com aparelhos de precisão testaram os fenômenos mediúnicos com o rigor da ciência. No livro “Fatos Espíritas”, William Crookes, um dos maiores sábios e cientistas da Inglaterra, põem os fenômenos mediúnicos sob sua supervisão, em condições por ele verificadas, e ao fim de quatro anos de pesquisas chega à conclusão da prova científica de certos fenômenos, em experimentos acompanhados por tantos outros cientistas e incrédulos. Suas conclusões só comprovam o que já havia dito Kardec, em ser o Espiritismo uma nova ciência.

Se José Saramago tivesse se debruçado com humildade sobre estas referências, teria respostas a sua questão. Não sabemos ao certo se teve contato com o Espiritismo. Mas, qual não seria então a visão deste cético ao defrontar-se com cartas de seus parentes desencarnados vindas das mãos de médiuns como Chico Xavier, Divaldo Franco e tantos outros, com informações que não pudessem colocar dúvidas de que algo estranho havia ali? Mesmo se não houvesse oportunidade para demonstrações racionais, como o incrédulo escritor faria ao verificar informações particulares ditas por aqueles que estão do outro lado, ou presenciar eventos mediúnicos de veracidade atestada e monitorada, como os de Willian Crookes ou mesmo nas materializações de Uberaba?

Nisto, relembramos as palavras de Emmanuel, em que a maior caridade que podemos fazer ao Espiritismo é sua própria divulgação, pois muitos são os que não terão em mãos uma palavra espírita nesta encarnação. É, pois, dever supremo do espírita a divulgação da doutrina, para que pouco a pouco as idéias materialistas sejam dissolvidas no cadinho do amor e da espiritualização.

Oremos em alegria para que nesta nova jornada possa o até então encrudecido coração do grande pensador José Saramago seja envolvido do amor eterno do criador, e que na nova estrada que se abre a sua frente possa encontrar o que, negando, tanto pareceu procurar.

Airam Leme é Colunista do IESP

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“Que Deus te persiga, aonde você estiver!”
Espírita relata sua vivência na doutrina de Chico Xavier

Por Karla Marília Meneses
Do Site Revelação On-line

Um homem de cabelos brancos trabalha silenciosamente, com notável habilidade. As mãos, calejadas pelos metais que manuseia, puxam uma cadeira para que eu sente ao seu lado. Os gestos são lentos, porém os olhos são vivos e atentos. Celso de Almeida Afonso, 62 anos, nasceu em Araxá. Espírita, exerce a função de ourives em Uberaba. Nos mo-mentos de folga, freqüenta o Centro Aurélio Agostinho, onde há mais de quarenta anos pratica a mediunidade.

A mãe de Celso, espírita convicta e praticante, levava o filho às reuniões. Na ocasião, muito jovem, Celso participava atentamente, sem compreender muito a doutrina. Algum tempo depois, o menino de 14 anos, viu nitidamente o pai em seu quarto. Detalhe: havia falecido há mais de dois anos. “Foi terrível, inexplicável. Ainda hoje não consigo descrever o que senti ao ver um espírito assim, na minha frente. Fiquei tão assustado que a voz não saía da garganta”, diz num tom sério. A partir daí, o menino só dormiu com a luz do quarto acesa. Foi acometido de um pavor incontrolável contra tudo que se referisse ao Espiritismo, abandonando as reuniões que freqüentava com a mãe.

Aos dezesseis anos, morando em São Paulo, Celso foi a Sacramento visitar uma tia. A cidade estava em polvorosa. Todos falavam do homem que psicografava e trazia mensagens dos espíritos. Era Chico Xavier. Naturalmente, todos os espíritas iriam vê-lo e Celso, mesmo com medo, decidiu comparecer ao evento. Vendo o tumulto e o número considerável de pessoas, afastou-se rapidamente. “Foi quan-do uma senhora pediu: Chico, autografa esse livro pra mim. Chico olhou em minha direção e disse: Só se o Celso me emprestar a caneta que ele tem no bolso. Lembro dessa cena como se fosse hoje, agora. Foi indescritível!”, o espírita conta visivelmente emocionado. Chico Xavier aproximou-se de Celso e o apresentou para a comitiva que o acompanhava: – Esse rapaz vai trabalhar conosco em Uberaba.

Não querendo retrucar, Celso nada disse. Mas sabia que seria quase impossível trabalhar com Chico Xavier. A família era de Araxá, morava em São Paulo e não conhecia ninguém de Uberaba; aliás nunca nem tinha ido lá. “ Só prá ver como é a vida: voltei para São Paulo, minha mãe ficou muito doente. O clima da cidade fazia muito mal para ela. Minha irmã casou e foi morar em Uberaba. Por causa da doença da minha mãe mudamos prá casa da minha irmã. Em apenas dois anos a previsão se cumpriu!”, Celso garante.

Iniciação
Iniciando sua caminhada no Espiritismo, Celso participava das reuniões, eventos e doações. Seu cotidiano exigia mais responsabilidades, estava comprometido com a doutrina. Certo dia, em casa, assistindo uma partida de futebol na TV, ouviu baterem na porta. Levantou-se do sofá e abriu: “ Era uma mulher. Emudeci, parecia que eu estava pregado no chão. Era um espírito que vagava. Num susto, bati a porta violentamente”, o espírita diz, hoje sorrindo do ocorrido. Garante que, curioso, voltou a abrir a porta e a mulher já estava indo embora. Ela olhou para trás e disse: Tá com medo de mim, né Celso?

Aos 23 anos, fez sua primeira psicografia, porém não aceitava essa faculdade mediúnica. Psicografava apenas na presença de um reduzido número de pessoas. Tinha receio de ser chamado de charlatão, ser julgado pelas pessoas. Para ele, era difícil largar sua casa, a família e sentar numa mesa para psicografar na frente de uma enorme quantidade de pessoas. Certo dia, Chico Xavier o procurou e fez a inevitável pergunta: “ Quando começa a psicografar ?”. Celso, meio constrangido, alegou não ter capacidade para se expôr. Alguns iriam julgá-lo impostor. Chico o observou em silêncio por alguns instantes e disse: “Então você é melhor que Jesus. Ele foi julgado! Ora, Celso, se te chamarem de impostor você sabe que não é, e se te chamarem de santo, você também sabe que não é.. E mais: julgado, todos os dias nós somos: em casa, na rua, no emprego... O que importa é o trabalho a fazer.”

Diante dessa “intimada”, Celso começou efetivamente a psicografar perante o povo nas reuniões espíritas. E numa dessas reuniões, um homem atrapalhava a passagem das pessoas até a mesa da psico-grafia. Perguntou aos presentes quem era o desconhecido e ninguém soube responder. O estranho se aproximou do espírita e o tranquilizou: “ Calma, vou te dar um passe.” Depois de alguns dias, na casa de um amigo, Celso reconheceu o homem através de uma fotografia. Segundo ele, era o Dr. Henrique Krüeger, já falecido.

Mas o espírita gosta mesmo é de receber a carta de um ente desencarnado e transmití-la para a família. Já apaziguou muitas mães desesperadas. O que pede em troca ao passar as mensagens? “Apenas que essas mães rezem por mim... enquanto minhas orações chegam só até esse telhado aqui, a prece de mãe arromba a porta do céu!”, afirma às garga-lhadas. Diz que oramos por três motivos: pedir, louvar e agradecer. Po-rém, pouco louvamos, pouco agradecemos e pedimos sem parar.

Celso recebeu várias mensagens de espíritos ilustres, entre eles Clara Nunes, Altemar Dutra, o piloto do helicóptero acidentado de Ulisses Guimarães e Mamonas. Psicografando livros, escreveu Fonte Fraterna, com mensagens de otimismo. Concedeu entrevistas ao Globo Repórter, Fantástico e revista IstoÉ. Atualmente, saiu na última edição da revista SuperInteressante. Não lhe agrada muito a notoriedade. Relata que a mídia enfatiza muito as mensagens de celebridades falecidas. O que realmente importa é a caridade no dia - à - dia. Avisa que caridade não é apenas dar um pão a um necessitado. É perdão e paciência com quem convive e está ao seu lado. Sorrindo, Celso finaliza a entrevista: “ Como diz um amigo meu: menina, que Deus te persiga!”

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O DEVER DA EDUCAÇÃO NA INFÂNCIA
Por Luiz Carlos Ceglys

Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pela infância?
- Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados da sua educação.(questão 383 LE).
Sabemos que a alma não é criada no mesmo momento em que é criado o corpo, antecedendo a criação deste, podendo, inclusive, ter tido várias existências em corpos físicos, anteriores à presente encarnação, onde, certamente, adquiriu experiências, boas ou más, que se constituem em tendências que poderão desabrochar em seu comportamento na vida atual. Entretanto, esse desabrochar não acontece logo nos primeiros anos de sua vida. Para que haja o reencarne, passa o Espírito, por uma diminuição em seu corpo espiritual a fim de que o mesmo possa unir-se, molécula a molécula, ao novo corpo que será gerado para ele, e, dessa forma sua capacidade de atuação torna-se diminuta. Sofre, outrossim, uma certa perturbação que desaparecerá paulatinamente a partir do reencarne e, mais acentuadamente após a primeira infância.
Ora, se o Espírito tem a necessidade de passar pela infância a fim de tornar-se mais acessível às impressões que receber nesse período, e que poderão ajudá-lo no seu adiantamento moral, torna-se claro que as impressões, boas ou más, que receber, influenciá-lo-ão no seu comportamento quando adulto.
Se essa situação é um fato, qual, então, a responsabilidade dos pais na educação dessa criança?
Como vimos na questão citada do Livro dos Espíritos, os que estão encarregados da sua educação, devem contribuir para o seu adiantamento. Ora, quem, se não os pais, seriam os encarregados dessa educação? Portanto é dos pais a responsabilidade de, em aproveitando esse período de maior acessibilidade, contribuir para que bons ensinamentos possam ser incorporados ao patrimônio desse ser que reencarna, sempre em um ambiente de muito amor, de muito carinho e muita dedicação de tal forma que na vida adulta, suas possíveis más tendências trazidas do passado, possam ser anuladas pela nova educação obtida dentro dos padrões evangélicos e cristãos, nesta nova experiência terrena.
Um dos primeiros pontos a serem observados é o de que o mundo da criança não é o mesmo do adulto, e este tem de descer a esse mundo, voltar à sua própria infância para não esmagar a infância dos filhos.
Assim, todo o processo educacional do homem, decorre do germe afetivo e puro que é a educação familiar. Portanto, a instituição familiar necessita ter como base, o amor mútuo de seus membros, a autenticidade, a assistência, a estabilidade e a harmonia; como cúpula a solidariedade.
Através da perene fonte de afeto que somente as mães conseguem transmitir aos seus filhos, assim como pela autoridade paterna, sentir-se-ão, os filhos, amados, protegidos e fortalecidos para a vida adulta.
Na convivência de uma família equilibrada, a criança irá aprender a controlar seus impulsos, ter em conta os direitos alheios, partilhar seus pertences, suportar injustiças, realizar pequenos sacrifícios e ser contrariada em seus desejos.
Nada é mais importante, em matéria de educação, que prepararmos nossos filhos para que se tornem livres, mas responsáveis, cientes e conscientes da utilidade das leis e normas disciplinares, sem essa observância, a vida em sociedade seria impossível, obtendo deles uma adesão espontânea e um consentimento pleno às mesmas.
Todos nós desejamos o melhor para nossos filhos: a felicidade é a meta, mas, na maioria das vezes, buscamos o caminho errado, esquecendo-nos de que além da instrução e da formação profissional, os filhos deverão se tornar pessoas ajustadas na sociedade, sem o que, sofrerão muito no relacionamento com o semelhante.
Isso somente será conseguido mediante um diálogo sincero, fazendo-se respeitar pela sua própria autoridade, sem castigos físicos ou outros recursos violentos, que, embora possam constituir o caminho mais curto, será também o mais nocivo à formação de sua personalidade.
Não devem os pais estabelecer nenhum tipo de educação padrão, pois cada criança, sendo um Espírito, portanto, constitui uma individualidade, e dessa forma, tem que ser respeitada tal como se apresenta. Assim, não deve ser solicitado nada a ela que ultrapasse o nível de sua maturidade que lhe seja próprio, ou que contrarie a psicologia da idade.
Hábitos saudáveis constituem-se em peças importantes que devem fazer parte do dia a dia da família, tais como a prática do evangelho no lar, o cumprimento de horários que fará com que a criança aprenda na vida adulta a administrar o seu tempo, assistir apenas a programas instrutivos e educacionais dentro do lar, evitando-se assim, programas que explorem a violência, a ira e a maledicência, tais como aqueles que apresentam brigas de família, entre pais e filhos e entre eles próprios, e todo e qualquer tipo de conflito dentro dos lares, bem como certos games, aparentemente simples brinquedos, mas que conduzem à violência, incentivando a criança à morte e à destruição.
Outro fator de fundamental importância, é jamais estabelecermos recompensas para o cumprimento das obrigações. Obrigação é obrigação, e não deve ser ponto de barganha, como por exemplo: se você passar de ano vai ganhar uma bicicleta, pois passar de ano é uma obrigação da criança, e ela tem que ser preparada para esse entendimento.
A educação sexual, no momento certo, ou seja, no momento que ela demonstrar a curiosidade através de perguntas, não pode ser omitida, pois o aprendizado não adquirido em casa, o será na rua, e muitas vezes de forma adulterada e viciada, o que contribuirá negativamente na formação do caráter da criança.
É por isso que Deus lhes dá todas as aparências da inocência. Mesmo numa criança de natureza má, suas faltas são cobertas pela não consciência dos atos. Somente dessa forma nós poderemos aceitar, dentro de nossos lares, aqueles que possivelmente tenham sido nossos algozes, ou mesmo nossas vítimas no passado, para uma reaproximação a partir da vida presente, após cumprirmos com nossa responsabilidade na educação, capaz de remodelar o seu caráter.
É importante, ainda, termos a consciência de que educação infantil é um trabalho delicado e muito difícil de ser conduzido, e, por isso, requer um preparo anterior. Isto porque, teremos a necessidade de conduzir nossas crianças sem permitir que eles se tornem dependentes de nós a partir de uma determinada idade; ou seja: temos que amar, educar, conduzi-las, para que no momento certo, possamos dar-lhes a carta de alforria, pois a partir daí farão parte da sociedade onde estiverem inseridos, assumindo as responsabilidades da vida adulta.
Se não cumprirmos com essa responsabilidade, além de tornarmo-nos infelizes com possíveis desmandos por eles praticados na vida adulta, teremos também sob nossos ombros a responsabilidade do dever ignorado.

Luiz Carlos Ceglys
É Contador, expositor Espírita e Colunista do IESP

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EXPEDIENTE
DIREÇÃO: Rogério Silva Temporini - COLUNISTAS: Luiz Ceglys, Roberto Arantes, Dárcio Cintra, Rogério Silva, Airam Leme - Edição On-line e Impressa Gratuitas - Primeira Edição Janeiro de 2002 - Produzido por NÚCLEO DE DIFUSÂO ESPÍRITA JESUS DA GALILÉIA - Acessar: ndejesusdagalileia.blogspot.com Email: ndejesusdagalileia@gmail.com

Todos os textos e matérias expressam o pensamento
individual de cada colaborador, não representando
necessariamente o pensamento geral do IESP, tampouco
consenso geral dentro de Movimento e Sociedades Espíritas.


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ERRATAS
Na edição passada, a primeira matéria que tratava da criação da vida artificial deixou em branco o espaço no qual deveriam estar os nomes de dois cientistas responsáveis pela experiência, Na verdade, apenas um cientista é reponsável por liderar a equipe, e ele é Craig Venter, do J. Craig Venter Institute,Califórnia, EUA.


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NÚCLEO DE DIVULGAÇÃO
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Informativo Espírita - Junho de 2010

IESP
Informativo Mensal da Doutrina Espírita
Ano VIII - Junho de 2010
São Paulo - SP - Brasil

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EDITORIAL


Foram muitas idas e vindas. Nosso presente informativo em muito titubeou na constância, e por vezes parou na impressora de nossas lutas.

Desde Janeiro de 2002, foram muitas as vezes em que tivemos que recomeçá-lo; muitas...? Quem sabe umas duas ou três vezes.

De uma pequena tiragem de 50 exemplares distribuídos entre amigos, fomos aos 2.000, quando este informativo foi mantido pelos amigos da
FEESP – Federação Espírita de São Paulo. Mas, mais a frente veríamos nosso sonho esvaecer-se novamente, em meio a entraves e discussões menores. Novamente nos recolhemos e guardamos nossos anseios.

O tempo presente é sempre oportunidade de mudança e luta edificante que Deus nos presenteia no segundos consecutivos de sua misericórdia. Nesta nossa crença, retomamos o IESP no mesmo entusiasmo de outrora, mas com as expectativas mais sólidas que só a experiência pode construir.

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A Vida Artificial e o Espiritismo
Por Airam Luiz

No fim deste mês, o mundo foi surpreendido pela notícia da criação da vida artificial através dos experimentos dos cientistas ....... e ......, que em laboratório sequenciaram sinteticamente um código genético que foi “implantado” numa célula e passou a comandá-la, determinando uma série de tarefas relacionadas à sìntese de proteínas e à manutenção da autoexistência celular. A Notícia foi veiculada como a “Criação da Vida” e o cientista salientou que para o feito se valeu de um computador e três vidros de produtos químicos, além de sua pesquisa.

Importante que alguns pontos sejam esclarecidos, para o exato exame deste experimento e suas consequências. Nesta matéria, analisaremos tendo por base a Codificação Espírita.

Primeiramente, ao referirem-se à criação de um ser vivo, os cientistas se adiantam para previamente se defenderem do que é verificado logo: o que foi feito foi introduzir em uma célula viva o código sequenciado artificialmente. Ora, se pensássemos ser a vida apenas a manifestação orgânica, mesmo assim, não teriam os cientistas construido a célula, haja que o material citoplasmático, com as organelas, e as estruturas diversas, já preexistiam em funcionamento.

Outro ponto da questão é o conceito de vida. Na questão 22 do Livro dos Espíritos, parte b, lemos que a “matéria é o laço que prende o espírito; é ao mesmo tempo instrumento de que este se serve e sobre o qual atua.” Logo a frente na questão 79, os Espíritos Superiores dizem a Kardec que “Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, enquanto os corpos são a individualização do princípio material.” Assim, a doutrina espírita desde cedo deixou claro que a vida manifesta na matéria é impulsionada pelo espírito, e que matéria e espirito tem origens diferentes. Logo, pensemos no contexto espírita o que seria “criar a vida”?

Se para a manifestação da vida são necessários ao menos 3 elementos, a saber: o Espírito, a Matéria e o Princípio Vital; Logo, a modificação da célula com a introdução dos elementos citados na experiência ainda estão no campo da modificação de corpos (orgânicos) que só não são inertes pela presença do fluido vital. Vale dizer que modificações e transmissões deste tipo já ocorre expontaneamente na natureza, como na transmissão das informações genéticas na fecundação, que em nenhum momento coloca em dúvida a participação de Deus através das leis que estabeleceu para o universo. Para os materialistas, intrusaram em áreas que os admite entre “Deuses” (a matéria cita isto), o que já denuncia ambições ególatras e perniciosas.

Presos no que podem ver pela lente do materialismo, na qual a vida é por vezes uma série de funções químicas desempenhadas por coglomerados moleculares, ignoram que a vida é a manifestação sublime, manifesta a frente de seus próprios olhos enquanto dependem da misericórdia divina para os braços que levantaram os frascos na experiência. Como só enxergam o que podem ver (com perdão a redundância!), não abalam em nada os preceitos espiritualistas, já que de longe passaram da humildade necessária para a grandeza do assunto.

Airam Luiz é Colunista do IESP

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Criacionismo ou
Evolucionismo
Por Luiz Carlos Ceglys

Criacionismo: É o entendimento de que tudo o que existe no universo, inclusive ele próprio, foi criado por Deus.

Evolucionismo: Parte da teoria que afirma haver a evolução dos seres vivos, que cada grupo de organismo descende de um ancestral comum, e que cada espécie tende a se multiplicar, criando espécies diferentes a cada geração, que sofrem mutações genéticas e podem passá-las a seus descendentes.

Nos tempos atuais, muito se tem discutido sobre as teorias acima, pois como se sabe, nos Estados Unidos, país que dispõe das melhores universidades do mundo, detendo metade dos cientistas premiados com o Nobel, com mais patentes registradas do que todos os seus concorrentes somados, apenas a metade de sua população crê na evolução das espécies, e a outra metade acredita que aqui estamos, por sermos obra da criação divina. Na Inglaterra, país natal de Darwin, o criador da teoria da evolução, festejado como herói nacional, nada impede que 25% da população, não aceite as suas idéias.

Sendo a população, em sua maioria, composta por evangélicos, e por serem essas religiões poderosas, nos Estados Unidos, trava-se um combate intenso entre religiosos e homens de ciência. Sob o bordão de “liberdade acadêmica” passam eles a idéia que o darwinismo é apenas uma teoria, não um fato, e ainda, cheia de lacunas, com carência de provas conclusivas. Dessa forma entendem que não há porque a teoria da evolução merecer um destaque maior do que o criacionismo, uma vez que teoria não passa de hipótese.

Com isso, muitas escolas americanas, assim como muitas evangélicas no Brasil, optam por inserir em seus programas educacionais o estudo do criacionismo, apresentando por força do currículum oficial, o entendimento da ciência a partir da quinta série, mas concluindo que o entendimento deles é pelo criacionismo, ou seja: ensinam a teoria evolucionista, mas conduzem o entendimento dos alunos para o criacionismo.

Ora, diante dessa polemica, quem está com a razão?

Estaria a Bíblia correta com a idéia de que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança a partir de Adão e Eva?

Ou é a ciência que está com a verdade dos fatos, quando afirma que as espécies evoluem?

Sabemos que a Bíblia é um compêndio de livros que relatam muitas histórias de um povo em uma determinada época, o povo hebreu, e, também, outros livros que relatam profecias, entre as quais as que previam a vinda do Messias.

Para que possamos chegar a uma conclusão, jamais devemos nos ater à letra que mata. Devemos sim, passar tudo pelo crivo da razão para podermos aceitar os fatos ou rejeitá-los caso não consigamos entendê-los.

Para nós espíritas, torna-se mais fácil esse entendimento, pois sabemos que ambas as teorias estão corretas, mas para isso é necessário que entendamos cada uma delas em sua essência.

Sabemos que tudo necessita ter uma origem, e que alguma coisa tem que ser a origem de tudo. Como poderíamos admitir que a matéria, não possuindo inteligência, pudesse criar a perfeição e o equilibro existentes no universo? É necessário que admitamos uma inteligência suprema que seja causa primeira de tudo, à qual atribuímos o nome de Deus.

Mas será que Ele teria que criar cada galáxia, cada planeta, cada ser, cada coisa que existe no universo? Teria Ele que se ocupar de cada fio de cabelo ou folha de árvore que cai? Ou poderia Ele criar elementos que, obedecendo às leis, por Ele criadas, gerassem todo esse complexo existente? Ficamos com essa segunda hipótese. Deus em sua infinita sabedoria, criou leis que regem os dois princípios também por Ele criados, o espiritual e o material, e que interagindo entre si, originaram todos os demais elementos, sempre sob o seu comando, sob a sua vontade.

Dessa forma podemos entender com a ciência, que a orígem do universo se deu pelo Big Bang, que nada mais foi do que as leis de Deus atuando sobre a matéria por sua vontade, e provocando o surgimento do universo, e também, que todos os seres, animais, plantas e micro-organismos, inclusive nós humanos, tivemos origem nos seres que denominamos de ameba original, e que por serem matéria, surgiram do elemento material, também conhecido por princípio material.

Isto não quer dizer, entretanto, que nós Espíritos, tendo, como afirma Leon Denis, dormitado na planta, sonhado no animal, e acordando, conhecendo-se, possuindo-se e tornando-se consciente apenas no homem, tenhamos sido plantas ou animais, mas sim que estagiamos nos diversos reinos da natureza até atingirmos a condição para encarnar na espécie humana, uma vez que utilizamo-nos da matéria para nossas manifestações e evolução, mas dela nos diferenciamos, pois somos Espíritos, os seres criação, povoando o universo fora do mundo material.

Assim concluímos com Kardec, que a ciência e a religião não se combatem, desde que estejam com a verdade, e dia virá que caminharão juntas, uma comprovando a outra, desde que descartem os dogmas, o sobrenatural e o misterioso apoiando-se em bases sólidas de raciocínio, capazes de enfrentar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade, e com isso concordou também, Albert Einstein, quando afirmou que a ciência sem a religião é nada, e a religião sem a ciência é cega.

.Luiz Carlos Ceglys
Contador, e expositor espírita.

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A Paciência e a Tolerância
Psicografia


“...e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.” (Marcos - CAP XII - vers 33)

Nestas palavras, Jesus inferiu aos sábios que o questionavam a magnitude do pensamento que trazia consigo das alturas infinitas de onde vinha. Palavras tão profundas que se enraizaram rapidamente no pensamento posteriormente denominado cristão e perduraram no coletivo da raça humana, passado de mãos em mãos como a tocha da corrida grega. Contudo, se por 2.000 anos a tocha manteve-se acesa, poucas pessoas legitimamente a possuiram ou praticaram na plenitude essas palavras sublimes.

Ter tolerância e paciência em nossos atos é ter amor por nosso irmão, como nós, em trânsito temporário na crosta a cumprir sua missão. Quantas vezes não nos é dada a chance de praticar essas virtudes na senda do dia-a-dia. Tolerar os desvios alheios e perdoar-lhes imediatamente é praticar o amor ao próximo, como ensinou-nos Jesus. Pois, em que poderemos nos entitularmos cristãos ao primeiro acesso de cólera e intolerância perante os testes que os outros nos trazem?

Em mesma medida, devemos ter a devida tolerância com os sofrimentos que nos são apresentados, aguardando o momento de resolvê-los licitamente e dentro dos princípios do amor e da paciência cristãos. A caridade de dar a esmola é mais sublime quando a vida nos apresenta a dor ou a cólera do irmão próximo e nós, caritosamente, oferecemos a moeda da paciência e do perdão. Nestes momentos, Jesus sempre está ao nosso lado.

Espíritos da Colônia
Maio de 2010

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Filme de Chico Xavier é maior bilheteria do cinema brasileiro

Para surpresa não só dos amantes do cinema, mas dos próprios espíritas, o recém lançado filme de Daniel Filho que retrata a história do grande médium mineiro está batendo as bilheterias dos filmes hollywoodianos. Na primeira semana, o filme levou 1.000.000 (um milhão) de brasileiros às salas de cinema.
O IESP conseguiu uma entrevista com a equipe de Daniel Filho especialmente para esta edição.

IESP - Como vocês estão vendo o enorme sucesso do filme de Chico que, até estas primeiras semanas, é recorde absoluto das bilheterias nacionais?
FILME - O filme foi resultado de um trabalho muito minucioso desde direção até a finalização que inclui a trilha, os efeitos especiais e os tratamentos técnicos. Os melhores profissionais do cinema estiveram presentes no filme. Isso não garante qualidade a ninguém mas sabemos que Daniel Filho fez um filme emocionante e correto. O sucesso de bilheteria nunca é garantido mas o público gostou, e respondeu muito bem ao filme.

IESP - Vocês acreditam que as mídias Digitais como MIcroblogs, Emails e redes Sociais tenham realmente participação muito expressiva neste sucesso?
FILME - Diria que a participação das mídias sociais é uma das muitas pernas da divulgação do filme. Fizemos o site com a intenção de nos comunicarmos com o publico diretamente e criar um grande banco de dados para o filme. Funcionou muito bem. O site é recorde no cinema nacional.

IESP - Acompanhamos os Twitts durante as gravações, desde o início. Quem teve a idéia de divulgar assim tão intrinsecamente a produção do filme através do microblog?
FILME- A idéia foi de Olivia Byington que teve apoio de Daniel Filho e Marcel Souto Maior


IESP - Qual pode ser o futuro do Twitter do Filme do Chico Xavier, continuará existindo (esperamos que sim!)?
FILME - Aind a temos uma lionga carreira pela frente com o lançamento do DVD e a carreira internacional do filme.

IESP - Se pudesse resumir em uma palavra o que todos vcs da produção aprenderam de mais importante na garimpagem da vida de Chico Xavier...?
FILME - Todos estivemos e estamos envolvidos com um tema muito bonito e cheio de ensinamentos edificantes. Acreditamos que isso contagiou nossa equipe, tecnicos, atores e diretores.

IESP - Uma mensagem a nossos leitores.
FILME - Agradecemos de coração a todas as mensagens que temos recebido e ao grande interesse pelo filme.

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Mas o que é mesmo Espiritismo?

O Espiritismo é uma doutrina espiritualista, que tem por base moral os preceitos cristãos, organizada por Allan Kardec por volta de 1857, quando, sob a direção de Espíritos Superiores enviados por Jesus, iniciou-se a formulação dos livros a que se chama comumente de Codificação Espírita, entre eles, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro dos Espíritos Espíritos. Apesar de confundida com outras doutrinas espiritualistas, o Espiritismo não pratica rituais ou danças, não possui talismãs e nem cultua imagens. Por muitos, é chamado vulgarmente de “Mesa Branca”, por causa da mesa com toalha branca usada nas reuniões por alguns centros espíritas. Espiritismo é uma doutrina de paz, que prega a caridade e que, através da confirmação da reencarnação e da comunicação com os espíritos, fortalece os laços de família, consola os aflitos e completa, após quase 2000 anos, a doutrina do mestre Jesus.

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EXPEDIENTE

DIREÇÃO: Rogério Silva Temporini - COLUNISTAS: Luiz Ceglys, Roberto Arantes, Dárcio Cintra, Rogério Silva, Airam Leme - Edição On-line e Impressa Gratuitas - Primeira Edição Janeiro de 2002 - Produzido por NÚCLEO DE DIFUSÂO ESPÍRITA JESUS DA GALILÉIA - Acessar: ndejesusdagalileia.blogspot.com Email: ndejesusdagalileia@gmail.com

Todos os textos e matérias expressam o pensamento
individual de cada colaborador, não representando
necessariamente o pensamento geral do IESP, tampouco
consenso geral dentro de Movimento e Sociedades Espíritas.